A velha generosa cozinha para a casa grande. Ninguém mexia um cacareco a não ser ela. E viessem se meter nos seus serviços , tomavam gritos ,fosse mesmo gente da Salatinha não sei quantos filhos e netos. Negra alta e com braços de homem , tirava uma tacha de doce do fogo sem pedir ajuda a ninguém. Só falava gritando , mas tínhamos tudo o que queriamos dela. A negra generosa era boa como seus doces e suas canjicas. Era só pedir as coisas no seu ouvido, e ela nos dar , sem ligar importância as impertinêm.
-Quem quisessem mandar na cozinha que viesse para a boca do fogo
E quando iam reclamar quisquer coisa , sai-se com quatro pedras na mão:
-Ove se quisesem era assim tempos de cativeiro já tinha passado.
Distrbuía com os moléques do pastoreador as rações de carne-de-ceará e farinha seca. E o fazia aos gritos ,chamndo severgonhaa todos eles. Não se importava, porém com esta raiva de velha generosa. Os moleques sabiam que o carção dela era um turrãode açúcar. pois dava remédios para a suas tosses e sua féridas , mendava-lhes os farrpos das roupas.
(José Lins do Rego)
